O Serviço de Água e Esgoto do Município de Bariri (Saemba) contratou empresa por R$ 146,9 mil para implantação de projeto de combate às perdas de água na cidade. A execução do trabalho terá início pelo setor 5 de Bariri, que compreende a região central e outros bairros abastecidos pela Estação de Tratamento de Água (ETA), como Cidade Jardim, Maria Luíza, Yang, Paulista, Nova Bariri, Santa Lúcia, Panorama e Industrial.
Ao todo, o município foi dividido em 13 setores, conforme a fonte de abastecimento de água. O de número 5 é considerado o mais crítico por conter boa parte da rede de distribuição de água mais antiga de Bariri.
A contratação da empresa Novaes Engenharia e Construções Ltda., de São Carlos, ocorreu por meio de licitação. O pagamento à firma será feito com recursos da ordem de R$ 139,5 mil do Fundo Estadual dos Recursos Hídricos (Fehidro) a fundo perdido, mais contrapartida de R$ 7,3 mil da autarquia. A fiscalização da execução caberá à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Basicamente, a Novaes Engenharia fará pesquisa de vazamentos não visíveis, fornecerá e instalará macromedidores nas adutoras e fará monitoramento via telemetria no setor. O prazo para execução do serviço é de seis meses.
Segundo o superintendente do Saemba, Luis Roberto Pitton, o projeto permitirá identificar em que setores da cidade há perda d’água e atuar para que o problema seja minimizado. A perda d’água nem sempre é física (vazamentos por canos furados), mas representa a diferença entre o que a autarquia produz e o que fatura com as contas pagas.
Outra ação realizada pela autarquia para diminuir as perdas com o fornecimento de água é a troca de hidrômetros nas residências. Bariri possui aproximadamente 12 mil aparelhos instalados. Equipamentos com mais de cinco anos de uso não fazem a leitura correta do consumo de água.
No ano passado foram trocados cerca de 2 mil hidrômetros. Neste ano a previsão é substituir 1,8 mil deles. O serviço é feito sem custo ao morador.
Plano diretor
O trabalho que começa a ser feito agora em Bariri para reduzir as perdas d’água é fruto do plano diretor apresentado em novembro de 2014. Na ocasião, relatório elaborado pela empresa Hidrosan Engenharia apontou que em Bariri 49% da água tratada se perdia por causa de rupturas, vazamentos na rede e em reservatórios, fraudes no sistema e falta de medição em praças e outros locais públicos. A média do Brasil é de 37% de perda.
O diretor-executivo da Hidrosan Engenharia, de São Carlos, Luiz Di Bernardo, comentou durante a apresentação do plano diretor que em Bariri a perda ocorre principalmente pela pressão elevada na rede. O mecanismo é usado para que a água chegue em todos os pontos da cidade. Em períodos noturnos, com a redução no consumo, a situação piora.
O especialista defendeu a necessidade de setorização da rede. O problema dessa medida é de ordem financeira. O investimento ficaria em torno de R$ 12 milhões. Segundo Di Bernardo, a diminuição das perdas, a recuperação da ETA e a perfuração de três novos poços artesianos em Bariri permitiriam oferta de água para os próximos 20 anos, considerando-se o aumento populacional da cidade.
Colaborou: Jornal Candeia
Créditos: Foto e Texto: Alcir Zago / Jornal Candeia